Ronco pode ser sinal de apneia do sono e indicar risco para a saúde

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Noites mal dormidas, cansaço constante e dificuldades de concentração podem ser sintomas de distúrbios do sono. Segundo uma pesquisa da Fiocruz, 72% dos brasileiros sofrem com problemas como o ronco e a apneia do sono, condições que podem impactar seriamente a saúde.

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Ronco não é apenas um incômodo social

O Dr. Ordival Augusto Rosa, especialista em Medicina do Sono do Instituto Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO), alerta que muitas pessoas subestimam o ronco, acreditando ser apenas um barulho irritante. “O ronco intenso e frequente pode indicar apneia do sono, uma condição perigosa que compromete a oxigenação do organismo e aumenta o risco de doenças cardiovasculares”, explica.

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Principais diferenças entre ronco e apneia do sono:

  • Ronco: é causado pela vibração das estruturas da garganta, gerando um som de intensidade variável.
  • Apneia do sono: caracteriza-se por pausas respiratórias de pelo menos 10 segundos, reduzindo os níveis de oxigênio no sangue e causando microdespertares.

Como identificar e tratar o problema

Os sintomas da apneia do sono vão além do ronco e incluem:

  • Sonolência excessiva durante o dia;
  • Sensação de sufocamento ao dormir;
  • Fadiga ao acordar;
  • Dificuldades cognitivas.

O diagnóstico é realizado por meio da polissonografia, exame que monitora a respiração, os níveis de oxigenação, a atividade cerebral e a frequência cardíaca durante o sono.

Opções de tratamento

O tratamento varia conforme a gravidade do quadro. Medidas simples podem ajudar, como:

  • Perda de peso;
  • Ajustes na posição ao dormir;
  • Adoção de hábitos saudáveis.

Em casos mais graves, pode ser necessária intervenção cirúrgica para corrigir alterações anatômicas que dificultam a respiração. “A cirurgia pode amenizar ou até eliminar o distúrbio, dependendo da necessidade do paciente”, conclui o Dr. Ordival Augusto Rosa.