Menina de 4 anos sofre danos oculares graves por exposição excessiva às telas

O uso excessivo das telas é uma preocupação crescente de boa parte dos pais da atualidade. E não é para menos. Os pequenos – bem pequenos mesmo, estamos falando de crianças que ainda usam fralda – parecem ser abduzidos por celulares, tablets, videogames ou qualquer outro dispositivo que contenham imagens e sons atrativos.

Muito se fala nas consequências desse exagero, como problemas sociais e emocionais. No entanto, um pai da Tailandia, no Sudeste asiático, chamou a atenção nas redes sociais ao afirmar que a filha de 4 anos enfrenta sérios problemas de visão por conta dos eletrônicos.

Ele compartilhou sua experiência como forma de alerta. “Eu costumava dar meu celular para minha filha brincar enquanto eu trabalhava”, conta.

Segundo ele, na época, a menina tinha apenas 2 anos, mas logo começaram a surgir problemas de saúde, que ele não relacionou imediatamente ao uso excessivo do dispositivo. Primeiro, a menina precisou de óculos. Depois, a visão gradualmente se degenerou e, aos 4, ela precisou de uma cirurgia. *O pai disse que essa exposição precoce às telas foi a principal culpada pelos problemas oculares da filha.

Exposição às telas e problemas de visão

É consenso entre os especialistas que crianças com menos de 2 anos de idade não sejam expostas a aparelhos eletrônicos. Depois disso, dos 2 aos 5 anos, a recomendação da Academia Americana de Pediatria (AAP) é de que o uso seja limitado a uma hora por dia. Embora o uso excessivo de celulares e tablets já acumule uma extensa lista de consequências – como obesidade, sedentarismo, problemas de sono, socialização e agressividade -, os especialistas ainda são mais cautelosos ao sobre relação aos prejuízos à visão.

Um estudo do King’s College, publicado no British Journal of Ophthalmology, mostrou que uma a cada 4 crianças que ficavam mais tempo em frente às telas era míope. Por enquanto, a exposição às telas por longas horas é apontada como um dos fatores responsáveis pelo agravamento da miopia na infância. Mas os pesquisadores ainda buscam uma resposta definitiva para a relação das telas com a doença.