Inteligência artificial: caminho harmônico entre os profissionais e o desenvolvimento tecnológico

Em julho deste ano, neste mesmo espaço, fiz um convite a todos os leitores a fim de refletirmos sobre o limite da automação substitutiva na esfera jurídica, naquele momento optei por elencar inúmeros questionamentos, pois acreditei que são eles, assim como as inquietações, as ideias opostas, discordantes e adversas que nos proporcionam a evolução/transformação, pois também acredito que são os desconfortos que nos fazem avançar rumo ao aprimoramento pessoal e profissional.

Assim, movida pela inquietação, convido-os novamente a refletirmos de forma forte e profunda, dada a abrangência dos aspectos que norteiam o tema, para podermos nos preparar o consciente, de maneira planejada e estruturada, visando equalizar o que realmente deveria ser automatizado e o que deveria permanecer na essência das relações humanas. Qual seria, então, “o limite”? A evolução pode e deve acontecer a qualquer preço? Quais seriam os balizadores técnicos e éticos que deveriam pautar tais limitadores? O que deve ser automatizado? Exclusivamente pesquisas, análise de dados, modelos, ou também consultas e opiniões? Em quais situações as pessoas ainda seriam necessárias? Quais amplitudes e abrangências você acredita que a automação alcançará? Quais assuntos ou situações você levaria a uma “máquina” e quais você ainda gostaria que fossem confiadas a experts humanas? Qual é, e quem estabelecerá o limite da tecnologia?

Na mesma temática, também em julho, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) criou a coordenação para discutir a regulamentação do uso de inteligência artificial, ao que o presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, em seu discurso, disse que “É importante que a Ordem possa regulamentar o assunto aproveitando que o tema ainda é incipiente e que boas diretrizes podem traçar um caminho harmônico entre os profissionais da advocacia e o desenvolvimento tecnológico. Não somos contra o desenvolvimento tecnológico e temos consciência de que ele é inexorável. Isso não quer dizer, no entanto, que vamos tolerar oportunistas que querem colocar a advocacia em um papel marginal e subalterno por meio da massificação desordenada e desregrada dessas ferramentas”. Para o coordenador, o grupo de inteligência artificial fora designado José Américo Leite Filho, diretor jurídico da Febratel. “O uso de inteligência artificial é muito importante para o direito e uma tendência global, mas é preciso assegurar que isso não represente uma industrialização do uso da justiça em detrimento da possibilidade de ajustes e acordos que não sobrecarreguem os tribunais e as empresas”, afirmou Leite Filho. “Queremos usar intensamente a inteligência artificial para agilizar e tornar mais eficiente o processo judicial, e criar mecanismos que facilitem a realização de acordos e melhoria dos serviços”, acrescentou ele.

Indubitável que o assunto ganha abrangência em todos os seguimentos. Por conseguinte, na penúltima semana, este também fora um dos temas abordados no evento Innovation Summit, que ocorreu em nosso município, quando a temática foi trazida por Gil Giardelli. Segundo ele, dentre as forças disruptivas está a inteligência artificial. Consolida esta afirmação, elucidando que o desemprego tecnológico de que tantos falam traduz-se na nossa incapacidade de entender esta nova era, na incapacidade de ver quantas oportunidades nós temos e eventualmente deixamos escapar, quer seja oportunidade perdida, quer seja pela chance de criar esta nova possibilidade/oportunidade.


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Fique atento!

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