Copa SC: Hercílio Luz dá um ponto final nas polêmicas

Tubarão

O Hercílio Luz colocou um ponto final nas polêmicas em relação à confusão generalizada no clássico com o Atlético Tubarão, na tarde do último domingo, no Estádio Anibal Torres Costa. O presidente do clube, Fábio Mendonça, e o gerente de futebol, Nasareno Silva concederam uma entrevista coletiva na terça, buscando esclarecer e encerrar o assunto.

“É lamentável estarmos aqui para discutirmos isso, quando tem um assunto muito grandioso, que é a classificação do Hercílio Luz para as finais da Copa Santa Catarina. Pela segunda vez consecutiva, a cidade de Tubarão decide a Copa Santa Catarina. A cidade de Tubarão tem a possibilidade de ter dois clubes na Copa do Brasil. É chato falar dessas coisas negativas que parecem ter um contorno maior que a obra. Estamos olhando para a moldura e não o quadro”, afirmou Nasareno.

O presidente hercilista destacou que uma das portas que dão acesso ao campo, teria sido arrombada por seguranças do Atlético Tubarão, o que teria iniciado o conflito. 

“Ganhamos o clássico lá (na Vila) e eu não entrei em campo. Quem tinha que aparecer, apareceu, que são os jogadores, a comissão técnica. E já perdi e não entrei também. Apertei a mão do Luiz (Henrique, presidente do Peixe). Digo que mereceu a vitória. É isso que eu tenho para falar. Ganhamos dentro de campo. Eu não iria arrombar a porta de uma casa que não é minha. Arrombaram nossa porta. Entraram. E começaram a bagunça. O resto todo mundo viu o que aconteceu. Não apoio a violência. Tanto que o último Campeonato Catarinense, nós ganhamos a taça de fair play. Chamei meus atletas. Nunca pedi para o meu atleta dar pau em ninguém. Se acontece lá dentro de campo, é decisão do atleta. Eu quero ver o futebol bonito, bem jogado. O resto tem que ficar nos bastidores. Fica lá dentro”, revelou.

Fábio Mendonça também se manifestou sobre o aviso do comandante do 5º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Tubarão, Silvio Roberto Lisboa, que irá pedir por torcida única no próximo clássico. 

“Quem faz a segurança são eles (a PM). Nós fazemos futebol. Se eles acharem, o comandante, que é melhor para o espetáculo, ter uma torcida só, eu apoio. Eu vou com o que é melhor para a cidade. Não tem problema nenhum”, destacou.

“Falta de equilíbrio”

Nasareno também falou a invasão de campo. 

“Quando brigam dois atletas, é fácil para o juiz contornar. Agora a disparada que os bancos de reservas se dirigiram para o campo de convergência. Foi falta de equilíbrio. Excesso de gente dentro de campo, que deveriam estar ali responsabilizando-se pela discípula dos atletas. Houve falhas do nosso lado. E houve falha do lado deles. Mas que fique lá entre eles. A partir que o banco entrou, a invasão do campo de jogo, a confusão foi enorme. Quando eu entrei no campo, eu estava no camarote. E olha que para descer, é um bom tempo”, disse.

Segundo o dirigente, a maior preocupação foi com o goleiro Martins, eu estava no meio da confusão, e não poderia ser expulso, já que o titular, Tigre, já havia recebido o cartão vermelho minutos antes. 

“Eu estava muito preocupado com ele, porque vi que ninguém do nosso grupo se preocupou com aquilo. Abracei o Martins, coloquei ele no vestiário. Tirei o Valdo Bacabal de lá, pois ele estava sendo extremamente provocado”, conta Nasareno, que na sequência se envolveu em um conflito com o auxiliar técnico do Atlético Tubarão, Fernando Gil. O caso acabou na delegacia, com dois boletins de ocorrência confeccionados.

Planejamento para 2019

A coletiva também serviu para que a diretoria hercilista pudesse antecipar o planejamento para o Campeonato Catarinense, que começa no meio de janeiro. O atual elenco tem contrato até o fim da Copa Santa Catarina. 

Mas a intenção é renovar com boa parte do grupo. “Quando eu casei, não sabia quanto tempo ia durar. Estou há 35 anos casado. O casamento que dá certo não é aquele do papel, mas o do convívio, e eles tem um bom convívio dentro do Hercílio Luz. Um bom ambiente, são bem tratados, respeitados como homens, como profissionais. Manifestamos o interesse de manutenção com o grupo de uma forma geral. Estamos conversando individualmente. Cada um com seu caso, suas necessidades, propostas. Vamos tentar resolver ao máximo possível a manutenção do trabalho”, revelou Nasareno.

Sobre o técnico Edson Vieira, a situação é mais incerta. O treinador já cansou de afirmar que tem apenas contrato até o fim da Copinha e não sabe o que acontecerá depois disso. “O Edson acertou comigo e o Fabio, a gente conversou bem sobre a competição que nos tínhamos, objetivos, metas, valores. Tudo para a Copa Santa Catarina. E dentro do nosso possível, vamos, no momento certo, sentar com o Edson e encaminhar o nosso projeto de Campeonato Catarinense 2019. Se nesse projeto for interessante a ele financeira e tecnicamente, vamos fazer um esforço para chegar a um acordo”, completa o gerente de futebol.