Deu surpresa no Estado

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Comandante Moisés (PSL). Este é um dos nomes que mais surpreendeu nas eleições de ontem. Ele segue para o segundo turno com boas chances de vitória mediante o seu adversário, Gelson Merisio (PSD), que venceu esta primeira etapa para o governo do Estado. Moisés foi chefe do Corpo de Bombeiros de Tubarão e região por 18 anos. Votou no Colégio São José, no Centro, pela manhã, acompanhado da esposa e filhas. Tem residência na Cidade Azul e uma fortes raízes com a Amurel. É coronel de uma das entidades mais respeitadas do planeta, os bombeiros.
Moisés trouxe uma campanha para este primeiro turno com pouco tempo de TV e rádio, incrementou sua aparição nas redes sociais. Foi impulsionado pelo furacão Bolsonaro em Santa Catarina, que teve a sua maior porcentagem de votos no Brasil, pouco mais de 65%. Agora, para este segundo turno, que será disputado no próximo dia 28. Comandante Moisés poderá ter apoio de um nome muito importante, Mauro Mariani, que até então, segundo as pesquisas, despontava entre os dois primeiros colocados e um forte postulante ao cargo.

Cálculos à parte, Tubarão poderá ter, mesmo que indiretamente, um representante na Casa da Agronômica. Digo de forma subjetiva porque o militar é natural de Florianópolis, mas suas filhas são daqui, tubaronenses natas, ele tem domicílio eleitoral aqui, tem residência fixa na cidade e é extremo conhecedor das dificuldades e anseios que possam levar a Amurel e o Sul do Estado a um merecedor canal de desenvolvimento. Pelo PSD, não podemos afirmar que houve tanta atenção necessária nos tempos que Raimundo Colombo esteve no poder. Estive algumas vezes na terra linda do Planalto Serrano, de onde veio o nosso ex-governador, que por sinal ficou em quarto lugar na acirrada disputado ao Senado, no pleito de ontem. O que pude notar é que a Serra teve sim grandes investimentos estaduais neste tempo. A evolução por lá é plausível e visível. Novas rodovias, pavimentação ou revitalização das já existentes. Criação de parques industriais, incentivo ao homem do campo, um moderno Centro de Inovação, universidades reaparelhadas, escolas, e muito mais. Antes de Colombo, A Serra estava entre as duas mesorregiões mais pobres de SC, hoje, o Sul ocupa facilmente o posto das duas mais carentes. Veremos como será o amanhã!

Eleitor aos 81 anos

Ser obrigado a votar. Isto é errado no Brasil. Ninguém pode ser obrigado a nada em pleno século 21. O voto precisa e tem que ser facultativo. A democracia é composta também por liberdade. Quando há uma penalidade aos que não comparecem ou justificam o seu precioso sufrágio, aí já entra um tipo de ditadura. Eleitores entre 18 e 69 anos, 11 e 29 dias precisam depositar o voto nas urnas ou informar um motivo porque não puderam comparecer. A reforma política brasileira já é algo superultrapassado. As mudanças são tantas, mas que atingirão os candidatos com intensa força que creio não sair tão cedo.
O direito (e obrigação) ao voto foi exercido com maestria e de forma exemplar pelo aposentado Hélio Destefani Guaresi, morador de Tubarão, na frente de um dos maiores colégios eleitorais de Tubarão, no Colégio Senador Francisco Benjamim Gallotti, no bairro Oficinas. “Não sou obrigado, mas desta vez fiz questão de comparecer, principalmente para presidente da República. Está na hora de uma drástica mudança. Votei na seção 209. Virei cumprir meu papel de cidadão até quando tiver saúde em participar”, agrega o seu Hélio com sua alegria e vitalidade e experiência de vida.

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Ainda foi possível encontrar santinhos jogados por correligionários nos arredores dos Colégios Eleitorais de Tubarão. Absurdo! Esta é a palavra que pode ser definido este flagrante em pleno ano de 2018. Uma coisa que está se perdendo, pois o povo fica mais educado a cada eleição, e isso eu noto bem. Antes havia discussões, vias de fato e muita sujeira no entorno das escolas. Hoje é preciso aplaudir tal comportamento e ascensão. Mas ainda há os atrasados que cismam em atirar papel no chão. É crime ambiental, é porquidade. Ninguém vai votar no cara que está ali, no chão, sendo pisoteado por pedestres, esmagados por carros motos e ganhando o carinho da bexiga de alguns cães de rua. Fica a dica para o próximo pleito.

Bolsonaro ou Haddad?
Difícil responder a esta pergunta na altura do campeonato. Os dois estão no segundo turno na disputa presidencial. Já desbancaram outros 11 postulantes ao cargo. Estão de parabéns pelo trabalho feito até aqui. Se depender de Santa Catarina, dos outros dois Estados do Sul e das unidades federativas do Sudeste é Jair na cabeça, mas há um no entanto neste ninho todo, o tal do Nordeste e Norte. E aí, como ficamos?