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Evangelho. Uma palavra conhecida, e por vezes, mal compreendida. Aliás, aproveitando a deixa, qual a sua percepção sobre o Evangelho?   

Se você não tem ainda um conceito bíblico formado sobre ele, então me permita falar um pouco sobre as “Boas Novas” de Jesus.

O Evangelho é simples. Tão simples, que confunde os homens mais habilidosos. Não é um Evangelho que se conforma a nossas expectativas. É uma antítese – ele confronta as nossas aspirações. O Evangelho mostra quão vulgar, quão depravadas são nossas expectativas. O evangelho toca nas dimensões mais profundas, jogando luz nas trevas e revelando toda decadência humana.

O Evangelho denuncia o “mal latente” oculto no coração humano. Desde a queda, a semente do mal encontrou lugar no íntimo do homem caído, e desde então ele se tornou capaz das coisas mais terríveis, seja na forma do holocausto na história, ou nos crimes narrados nos jornais. Sim, o homem, em seu atual estado, é mal. O mal o desumanizou. 

Entre os sintomas da queda, os mais comuns são o senso de angústia e desorientação. A indústria das medicações antidepressivas nunca vendeu tanto. Os livros de autoajuda vendem como água. Mas infelizmente, não há nada, repito, absolutamente nada no homem que possa livrá-lo desta angústia. Não há um “deus interior”, não há introspecção, não há autonomia, não há nada em sua subjetividade que possa orientá-lo. Um olhar para dentro, só causará mais angústia, terror e desespero. Pois haverá um conflito entre a reminiscência de um Imago Dei (imagem de Deus) e uma condição distorcida, uma consciência de que algo está fora do lugar. 

Também, não se achará solução em outros homens, em nenhum guru iluminado, em nenhuma filosofia pós-moderna ou uma negação teórica de toda realidade. Não! Nada disso pode orientá-lo. Pois, o mal fundamental ainda não pode ser confrontado por nenhum destes meios. 

Então surge a pergunta: há salvação para o homem? Existe luz no final do túnel?

A grande verdade é que enquanto o homem odiava a Deus, enquanto ele abominava os caminhos amorosos de Deus, Ele (Deus) o amava na forma mais extrema. Enquanto sobre o homem só repousava dura punição e juízo, nos termos mais “antiquados” e mais justos da Bíblia, Deus entregava Seu Filho.

Jesus pode ser interpretado sob várias óticas. Pode ser interpretado sob uma ótica socialista, histórica, filosófica, antropológica, mas ainda não se chegará ao fundamento de sua missão. 

Jesus foi amaldiçoado! Foi vulgarizado! Violentado! Aquilo que aconteceu na cruz não era pra Ele, era pra nós. Se há algum mérito em nós, este mérito era o absoluto juízo, sem qualquer misericórdia. Pergunta-se: então o que Jesus fez na cruz?

A cura para nossa perdição. Na cruz o processo do mal foi interrompido, o juízo foi banido pela obediência do Filho. Jesus se submeteu ao juízo ao receber tudo que merecíamos, toda violência que nós éramos dignos. Agora, segundo o beneplácito de Sua perfeita e amorosa vontade, Ele nos transportou das trevas, para o Reino do Filho do seu amor.

Sim, não vem de nós – veio dEle, absolutamente dEle. Sobre todas as racionalizações, lógicas, sobre todas as hipóteses. Dele, absolutamente dEle procede toda salvação. A Deus pertence a salvação.

Após esta tensão entre juízo e misericórdia, lágrimas se rompem, retratação, admissão de todo pecado, de toda mancha, arrependimento, simplesmente retornamos a Deus por meio da morte indigna que Seu filho recebeu em nosso lugar.

Neste ponto, grande alegria, indizível, indescritível alegria. Tudo faz sentido – as cores fazem sentido, a vida começa a fazer sentido. Encontramos graça sobre graça! Uma nova condição, um novo coração, uma nova vida.

Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai, que fossemos chamados filhos de Deus. (I Jo 3:1).

Uma ótima semana para você, filho de Deus.